VITÓRIA RÉGIA
A vitória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) é branca e abre-se apenas à noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantem-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios)em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.
Outros nomes: irupé (guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d'água e cará-d'água. Os ingleses que deram o nome Vitória em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos.
Ela pode suporta o peso de um jacaré bebê.
21 janeiro, 2009
LENDA DA VITÓRIA RÉGIA
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LENDA DA MANDIOCA
A lenda da Mandioca
Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua
apareceu gravida. Quis ele punir o autor da desonra de sua filha
e para isto empregou rogos , ameaças e castigos. Tudo foi em vão
a filha dizia que nunca se ligara a homem algum. O chefe tinha
deliberado mata-la quando lhe apareceu em sonho um homem
branco que disse para não mata-la pois ela era inocente. Passado
o tempo da gestação , deu ela a luz a uma menina lindíssima e
branca, causando isto tanta surpresa que todas as tribos vizinhas
vinham vê-la. Deram-lhe o nome de Maní e ela andou e falou
precocemente. Passando um no morreu a menina sem ter
adoecido nem dado mostras de dor. Enterraram-na na própria
casa , segundo o costume do povo, descobriram a casa e regaram
a sepultura. Algum tempo depois brotou da cova uma planta
desconhecida por isso não a arrancaram. Cresceu, floresceu e
deu frutos. Os pássaros que comeram os frutos se embriagaram
e este fenômeno estranho , aumentou-lhes superstição pela planta.
A terra fendeu-se afinal; cavaram-na e julgaram reconhecer no
fruto que encontraram o corpo de Mani. Comeram-no e assim
aprenderam a usa-lo. O fruto recebeu o nome de Mani-oka que
significa casa de Mani. Que é a nossa Mandioca de hoje.
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LENDA DO TAJÁ
Na passagem São Silvestre, no bairro da Cremação, há muitos anos, residia uma senhora conhecida como tia Nair, cujo hábito era colecionar as várias espécies de tajás. Em frente à sua casa, existia um belo exemplar de tajá Rio Negro, exposto em um vaso de barro, pintado de azul e colocado quase junto à porta de entrada principal da casa. Se alguém se aproximasse muito do vaso, ela falava:
__ Cuidado, saia daí! Não mexa no meu tajá. Que ele é “curado”!
Certo dia, a turma de Walter reuniu-se em frente à mercearia na esquina para o costumeiro bate-papo e ocorreu uma aposta:
__ É o seguinte, Bolota: eu e o Tonhão apostamos que não és capaz de ir à casa da tia Nair e trazer o vaso que ela tem na porta da casa, aquele que tem o tajá Rio Negro.
__ E eu, o que ganho com isto?
__ Cada um dá um real, certo, turma?
Os rapazes responderam que sim, imaginado Bolota sair correndo com umas vassouradas nas costas, dadas pela tia Nair.
Bolota imediatamente levantou-se e dirigiu-se para a Passagem, que estava iluminada precariamente pelos raios da lua, parcialmente encoberta por nuvens. O rapaz desapareceu em direção à casa de tia Nair. De repente, a conversa parou, e o silêncio tornou-se pesado.
E daí a minutos, os gritos apavorados de Bolota:
__ Socorro! Socorro!
Os rapazes, vendo que seus gritos não podiam ser de medo de tia Nair, levantaram-se. Mas, antes que acorressem em seu auxílio, chega Bolota, cansado da pequena carreira, suando frio e dizendo:
__ Um homem! Um homem apavorante! Venham, vamos lá.
Todos reunidos foram ao local, pensando tratar-se de um ladrão. Um dos rapazes, que portava uma lanterna, focou-a na direção da casa da tia Nair. A luz bateu em cheio no tajá Rio Negro. Mas nada viram de anormal.
Mas Bolota exclamava:
__ Não é possível! Ele estava aqui, agora mesmo.
E contou que, ao aproximar-se da casa de tia Nair, quando ia segurar o vaso, viu-se frente a frente com um gigantesco caboclo de olhos flamejantes. Os rapazes olharam com certo receio, enquanto Bolota, tremendo dizia:
__ Mas ela estava aqui ainda agora! Não podia ter sumido.
A turma se desfez, cada um voltou para sua casa e nunca mais se aproximaram do vaso da tia Nair.
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LENDA DO PIRARUCU
Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava, há muito anos, no sudoeste da Amazônia. Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder.
Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhum motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses.
Tupã, o deus dos deuses,observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento, decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Pólo e ordenou que ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucu, que estava pescando com outros índios, não muito longe da aldeia. O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.
O corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe, ele desapareceu nas águas e nunca mais retornou.
Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados.
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LENDA DA CUNHÃ E O MARUPIARA
Lenda da Cunhã e o Marupiara
Existia na selva amazônica um casal indígena que morava próximo a um lago. Ela era a cunhã e ele o Marupiara. Cunhã cuidava da casa e ele gostava de pescar e caçar pela floresta repleta de animais e peixes deliciosos.
O casal era muiro feliz, eles se amavam e se cuidavam muito. Sempre que podia Marupiara convidava cunhã para passear pela floresta.
Um dia o sol estava bonito e ele a convidou para ir pescar . Ela, feliz por poder ficar ao lado do amado, aceitou prontamente. Mas, algo inesperado aconteceu. Eis que o céu se fecha rapidamente enquanto eles pescavam no meio do lago.
Marupiara ficou assustado com a força da natureza. Vendo o céu negro e o vento aumentando rapidamente pediu que Cunhã o ajudasse a levar a canoa para a margem da floresta. No entanto, a margem do rio estava muito longe e eles teriam que remar muito, muito...
Eles remavam rapidamente, mas com a fúria das águas, os remos caíram na água. Cunhã se desesperou e abraçada a Marupiara perguntava a ele:
_ O que será de nós, Maru, querido?
- Sossega, mulher, sossega. Eu estou aqui e nada de mal vai acontecer.
O céu rugia furioso, cortado pelos grandes raios e, abraçada ao marido, a cunhã rezava e pedia a Tupã que os protegesse. No entanto, a tempestade tornava-se cada vez mais violenta e mesmo assim, o barco conseguiu chegar até a margem. O Casal tocou o chão e ficou abraçado. Ele, cheio de medo, mas com muito amor, tentava proteger a amada da água e dos raios que
Era tarde porém. Um raio enorme os atingiu e o casal morreu de forma fulminante.
A natureza, no entanto, cúmplice daquele amor, transformou Cunhã na palmeira uricuri, palmeira cheia de graça e que enfeita as matas amazônicas. Ele se fez apuí, cipó bonito que abraça.
Assim, em memória do casal que morava junto ao lago, sempre unidos estão a uricuri e apuí, representando cunhã e marupiara, que mesmo na desgraça nunca se separaram.
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LENDA DO PIRARUCU
Lenda Amazônica do Pirarucu
Pirarucu era um índio que pertencia à tribo dos Uaiás. Era um bravo guerreiro, mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração, chefe da tribo. Egoísta e cheio de vaidades, Pirarucu adorava criticar os deuses e aproveitou a ausência do pai para tomar índios da sua tribo como reféns e executá-los sem nenhum motivo.
Tupã, o deus dos deuses, decidiu puní-lo chamando Pólo para que espalhasse o seu mais poderoso relâmpago. Também convocou Iururaruaçu a deusa das torrentes, e ordenou que provocasse a mais forte tempestade sobre Pirarucu, quando estava pescando com outros índios às margens do Rio Tocantins.
O fogo de Tupã foi visto por toda floresta. Pirarucu tentou escapar, mas foi atingido no coraçao por um relâmpago fulminante. Todos que se encontravam com ele correram para a selva assustados. O corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do Rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Acabou desaparecendo nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo aterrorizou toda a região.
www.portalamazonia.com
30.09.2005-GC
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